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                Branding: Saiba como construir uma marca forte para vender online

                Tempo de leitura:10 min
                21/08/2023
                Na imagem, vemos uma mulher preta sentada numa mesa, de frente para um computador. É como se estivéssemos atrás dela, e assim, conseguimos ver o que ela observa no computador. Nele, está aberto um site de chapéus, item que a moça usa, e que também esta distribuído, em diversos modelos, na mesa. Aqui, a imagem faz alusão a um momento de estratégia de branding.

                Pense em marcas que você respeita e admira. Se você pensou apenas em grandes empresas, saiba que não precisa ser assim: pequenos negócios, como talvez seja o seu, também podem investir na força de sua marca para atrair e fidelizar as pessoas. Mais do que apenas algo que pode ajudar sua empresa, apostar no branding pode justamente permitir que sua companhia alcance um novo patamar no médio ou longo prazo. 

                Não tenha ansiedade: neste texto, vamos ajudar você e a sua empresa a entender os primeiros passos para investir de maneira consistente em uma marca forte. Para isso, vamos explicar o que é uma marca, o que é branding, quais são as principais vantagens de ter uma marca forte e, claro, um passo a passo detalhado para você chegar lá. Já fica o spoiler: não, você não precisa ter uma propaganda passando no intervalo da novela para isso acontecer. Pelo contrário. Vamos nessa? 

                O que é marca? 

                Quando se fala em marca, muita gente costuma pensar apenas no logotipo da empresa. Faz sentido: é graças a ele que reconhecemos muitas marcas fortes. Mas o significado de marca vai mais além do que isso, sendo algo até um bocado abstrato. 

                Para explicar o que é marca, vamos recorrer a Philip Kotler, reconhecido por muita gente como um dos pais do marketing. Para ele, “marca é um nome, termo, símbolo, desenho – ou uma contribuição desses elementos – que deve identificar os bens ou serviços de uma empresa ou grupo de empresas e diferenciá-los da concorrência.” 

                Assim, uma marca forte depende de uma experiência singular que a empresa consegue criar com as pessoas clientes. Mais que isso, essa experiência deve estar alinhada com valores e objetivos de negócios da empresa, trazendo uma identificação significativa de produtos e serviços. 

                O que é branding?

                Agora que você já sabe o que é uma marca – e que isso pode passar não só pelo produto, mas também pelo atendimento que você dá às pessoas, por exemplo –, está preparado para entender o que é branding.

                De maneira simples, o branding cuida de todas as estratégias usadas para construir uma imagem positiva da sua marca e também aumentar sua visibilidade. Não à toa, muita gente usa branding como um sinônimo para falar de gestão de marca.

                Para ter um bom branding, é importante que você entenda que lugar deseja ocupar no mercado, a fim de passar justamente esses estímulos para o seu público, criando uma reputação para sua empresa. Por isso, muita gente também costuma definir o branding como a personalidade da marca na mente do seu consumidor.

                Por que você deve investir em branding? 

                Quem trabalha com produtos e serviços talvez já tenha ouvido falar no termo “commodity”, que serve para identificar produtos sem valor agregado de marca. Sabe quando você vai ao mercado e escolhe um produto como arroz, por exemplo, olhando apenas para o preço, sem prestar atenção no nome que está no rótulo? Pronto, você está comprando uma commodity.

                Agora, se você pondera entre preço e alguma outra característica – como a qualidade do arroz ou a beleza do rótulo – para fazer sua compra, saiba que o branding participou dessa compra. Afinal de contas, a qualidade do produto ou uma embalagem bacana são justamente táticas de marca utilizadas pela empresa para atrair consumidores.

                Cada mercado vai se comportar de maneira diferente, é claro, mas esse exemplo ajuda a entender porque investir em branding é importante: é um esforço que ajuda uma empresa a se destacar dos concorrentes e até mesmo fidelizar consumidores. (Afinal de contas, se você comprou uma marca, certa vez, gostou e comprou de novo, é porque se tornou público fiel).

                Além disso, se aquela marca de arroz tiver um rótulo chamativo, diferente, talvez isso a ajude a conquistar novos públicos. O mesmo pode acontecer, por exemplo, se ela tiver uma presença nas redes sociais, com um canal bacana de receitas para quem quer aprender como cozinhar usando seus produtos. E saiba que esse último exemplo não é de graça: pesquisas cada vez mais mostram o poder das redes sociais na hora dos brasileiros decidirem suas compras.

                Veja o passo a passo para saber como criar uma marca forte

                Criar uma marca forte não é algo que se faz rapidamente – pelo contrário. É um esforço que demanda tempo, dinheiro e paciência, uma vez que é preciso considerar que nem sempre as pessoas vão ter espaço na mente delas para inserir a sua marca. No entanto, também não é uma tarefa digna de um bicho de sete cabeças. No passo a passo a seguir, vamos explicar como você pode fazer essa tarefa aos poucos, com cuidado.

                Entenda o público

                Se branding é a representação da sua marca na mente das pessoas, isso significa que você precisa entender quem é seu público para criar sua marca. Sem compreendê-lo bem, talvez você não consiga desenvolver uma marca forte, entendendo seus anseios e necessidades. Por isso, vale a pena fazer algumas perguntas sobre sua clientela. 

                • Quem é seu público?
                • Do que seu público gosta?
                • Qual sua faixa etária? 
                • Onde esse público vive? 
                • Quanto seu público ganha? 
                • Qual o seu nível de escolaridade? 
                • Quais são suas dores e problemas? 
                • Quais são os desejos do seu público? 
                • Como um produto ou serviço pode ajudar seu público a resolver dores e desejos? 

                Com essas perguntas respondidas, você pode ter em mãos o que se chama de “buyer persona”, ou “persona do comprador ou compradora” – um perfil específico para seu público ideal.

                Se você tem vários produtos, talvez cada um deles tenha uma persona diferente. Além disso, dependendo de como for seu negócio, talvez você tenha duas ou três personas diferentes consumindo seu produto, e está tudo bem: você só precisa ter em mente que precisa atender cada persona de maneira diferente.

                Crie uma estratégia

                Agora que você já sabe quem é seu público, precisa criar uma estratégia para atingi-lo, definindo objetivos de branding. Aqui, você tem que responder perguntas como: 

                • O que sua empresa espera alcançar no campo de branding? 
                • Como você pretende que sua ela seja percebida pelo público? 
                • Quais comparações você imagina que o público faça com a concorrência? 
                • Em quanto tempo você deseja atingir esses objetivos? 

                Com essas respostas, será possível desenha sua estratégia de branding. No entanto, sua estratégia precisa ter base no mundo real. Se você entende que seu produto tem qualidade inferior ao da concorrência, não pode usar a estratégia de se posicionar como uma marca premium – parte da sua estratégia, inclusive, deve ser a de melhorar seu produto para ter uma marca mais atraente. Outra tática pode ser a de usar a marca “mais barata” para atrair o público, mas lembre-se que toda escolha aqui vai influenciar como você vai ser visto.

                Estabeleça o conceito do seu negócio

                Além de criar a estratégia, também é importante entender o conceito do seu negócio – isto é, o que você faz e o que seu produto ou serviços oferecem para consumidoras e consumidores. 

                Às vezes, o conceito pode estar atrelado ao modelo de negócios – pense na diferença entre uma pizzaria de salão, uma que só tem fast food e outra que só atende por delivery. Ou o conceito pode partir de uma particularidade qualquer – como a de ser uma pizzaria que só tem sabores veganos, a fim de atender esse público específico. 

                Não importa especificamente qual é o conceito do negócio, o importante é que você saiba que o conceito vai compor a primeira impressão das pessoas com sua empresa – e se essa primeira impressão for diferente do que você imaginou, talvez seja preciso reentender sua marca. 

                Construa personalidade e valores da sua marca

                Uma marca só é forte se ela tiver personalidade e valores – e não somos nós que estamos dizendo não. Uma pesquisa do Hubspot, uma empresa especializada em marketing, diz que 86% das pessoas preferem que as marcas que consomem sejam autênticas. Isso quer dizer que o público busca empresas que se posicionem sobre assuntos e estabeleçam conversas. 

                Isso tem a ver com os valores da empresa, que devem aparecer na marca – e isso não vale não só no logotipo, mas também na maneira que a marca aparece. Por exemplo, no caso da pizzaria de sabores veganos, é importante que esse posicionamento seja claro, talvez até influenciando o nome ou as cores que sua empresa vai utilizar. Afinal de contas, é com esse tipo de informação que o público vai se relacionar. 

                Analise a concorrência

                No começo desse texto, falamos sobre diferentes marcas de arroz no mercado, certo? Para ter um bom branding, é importante que você analise sua concorrência e entenda como pode se diferenciar dela. Talvez ter uma embalagem chamativa no setor de arroz possa não fazer muito sentido, mas talvez funcione no mercado de chocolate ou biscoitos. 

                Analisar a concorrência é importante para você entender como os rivais se posicionam e quais são falhas ou brechas que eles deixam no mercado para você se aproveitar. Assim, talvez você possa entender algo sobre seu público ou seu setor que te ajude a construir sua marca. 

                Desenvolva sua identidade visual

                Ter uma identidade visual é algo muito importante para sua marca – afinal de contas, é com nomes, logotipos, rótulos e até mesmo postagens no Instagram que o consumidor vai se identificar. 

                Idealmente, você deve contratar uma pessoa especializada para te ajudar nesse conceito, que reflita a empresa e seu momento atual, mas também os desejos e dores do público. Pensar em cores, tom e personalidade também é importante! 

                Engaje sua marca com o público

                Quando você tiver sua identidade visual pronta, é hora de engajar a marca com o público. Para isso, é importante entender os melhores canais de conversa com as pessoas – que podem ser um site próprio, um podcast, as redes sociais, propagandas em jornais, rádio e TV ou até mesmo no atendimento ao público. 

                Em todos os canais, é importante você manter recorrência e fidelidade aos valores da sua empresa, para manter a consistência da sua marca. Isso é especialmente importante nas redes sociais, onde muita gente espera interagir com seu negócio. Por isso, é importante estar preparado para responder a perguntas com rapidez e empatia, além de criar conteúdos divertidos e interessantes. 

                Quais são as vantagens de ter uma marca forte? 

                Existem inúmeras vantagens de se ter uma marca forte. Talvez algumas delas até tenham vindo à sua cabeça enquanto você lia esse texto. Se não foi o seu caso, não tem problema: aqui vai uma lista de vários benefícios que sua empresa pode ter ao investir em uma marca forte. 

                • Memória dos clientes aumenta venda por impulso;
                • Aumenta a divulgação boca-a-boca;
                • Fideliza os clientes;
                • Passa imagem de empresa grande e estabelecida;
                • Imagem de qualidade;
                • Permite aumentar a margem do produto;
                • Ajuda no lançamento de novos produtos no mercado;

                No entanto, é preciso que você sempre lembre de tomar cuidado para que sua marca seja consistente. 

                Não adianta investir, por exemplo, numa característica de marca ecológica e gerar prejuízos ao meio ambiente na frente do seu público. Sua marca vai se tornar inconsistente e isso fará com que seu público ache que sua empresa é hipócrita, o que pode não só fazer esses benefícios sumirem, como também serem reforçados de maneira negativa. 

                Por isso, vale o lembrete: ao criar sua marca, pense na mensagem que seu produto ou serviço permite transmitir ao consumidor. 

                Além disso, vale um último conselho: lembre-se que a marca é a representação da sua empresa na mente das pessoas. Se você não investir nesse assunto, ainda assim seu público terá uma impressão da sua empresa – então é melhor direcionar esforços para criar uma boa impressão do que não ter controle do que as pessoas pensam. 

                A equipe de redação do blog Loggi é um time dinâmico que explora os meandros da logística, e-commerce e gestão. Com habilidades diversas, cada escritor contribui para contar histórias envolventes sobre transporte, inovação e estratégias empresariais. Juntos, compartilhamos a visão da Loggi de transformar a experiência logística no Brasil.
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