Na hora de vender pela internet, muita gente costuma se esquecer de um tema importantíssimo: segurança. Da mesma forma que acontece numa loja física, é preciso proteger o seu espaço online de ataques – e infelizmente, hoje há cada vez mais formas de pessoas se infiltrarem no seu sistema para roubo de informações
Além disso, o Brasil – pelo poder econômico e pela grande população – costuma ser um alvo constante de crimes cibernéticos, como falamos a seguir. Sendo assim, é importante saber como se defender e evitar um ataque cibernético.
Neste texto, vamos falar um pouco sobre cibersegurança, explicar alguns dos ataques mais populares e dar dicas sobre como você pode se proteger (e proteger os seus clientes!). Vamos lá?
Seções:
Para começar, é importante falar sobre o conceito de cibersegurança – que nada mais é do que uma prática para proteger computadores, servidores, sistemas eletrônicos e redes contra ataques de cibercriminosos. Essa prática também pode ser chamada de segurança de tecnologia de informação, e se aplica a diferentes contextos.
A seguir, vamos citar alguns dos principais ramos da cibersegurança:
Um ataque cibernético (ou ciberataque) aproveita uma vulnerabilidade ou fraqueza num sistema, dispositivo ou de uma pessoa, ou de um serviço de tecnologia, a fim de acessar ou danificar dados confidenciais.
Ou seja: da mesma forma que esquecer de trancar a porta de uma loja à noite pode gerar um risco de assalto àquele estabelecimento, há também riscos em não cuidar da segurança do seu e-commerce – usando, por exemplo, uma senha fraca ou sistemas que podem ser facilmente invadidos.
Normalmente, ataques cibernéticos são executados por indivíduos ou grupos que podem ter objetivos criminosos (como roubar seu dinheiro), políticos ou pessoais.
Sim. Como principal mercado consumidor da América Latina, o Brasil costuma ser bastante visado em termos de ataque cibernético.
Um relatório da consultoria Netscout, por exemplo, mostra que o país sofreu 328 mil ameaças só no primeiro semestre de 2023 – respondendo por 41% dos ataques realizados na região. Além disso, o Brasil é o segundo país que mais sofre com ataques de negação de serviço (vamos falar disso em breve!) no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Quem comete um ataque cibernético pode ter uma série de objetivos, incluindo:
Se a lista do item anterior te deixou de cabelo em pé, calma. O primeiro passo para lidar com uma ameaça é conhecê-la – por isso, vale a pena saber quais são os principais tipos de ataque cibernético.
Em inglês, malware significa software malicioso – um dos tipos de ameaça virtuais mais comuns. Normalmente, é um software criado por um hacker para prejudicar o dispositivo (computador ou celular) de uma pessoa, podendo ser disseminado por meio de e-mails, WhatsApp ou um download qualquer. Existe uma série de tipos de malware, incluindo:
Do inglês “software de sequestro”, o ransomware é um tipo específico de malware: ao ser instalado em um dispositivo, ele bloqueia arquivos e dados, com a ameaça de apagá-los para todo sempre. A única condição para que isso não aconteça é se um resgate for pago.
Esse tipo de ataque ficou particularmente conhecido depois de 2017, após ataques como WannaCry e Petya dominarem milhares de computadores simultaneamente em todo o mundo.
Outro ataque bastante popular é o phishing, que acontece quando criminosos enviam um e-mail falso, mas que parecem ser de uma empresa legítima. A meta aqui é fazer com que as pessoas cliquem num link suspeito, seja para baixar um malware ou fazer com que as pessoas forneçam seus dados pessoais.
Em inglês, “man in the middle” significa “homem no meio”. É exatamente o que esse tipo de ataque busca fazer: nele, um criminoso virtual tenta interceptar a comunicação entre dois dispositivos para roubar dados. Normalmente, esse tipo de ataque é feito em redes de Wi-Fi não seguras, como as que ficam disponíveis em lugares públicos sem uso de senha.
Ao entrar num site, uma pessoa pede um “serviço” ao endereço que está visitando. Num ataque de negação de serviço, o objetivo de criminosos virtuais é enviar uma quantidade massiva de pedidos, fazendo o sistema do site entrar em colapso. A ideia aqui é fazer o site ficar fora do ar ou impedi-lo de realizar suas principais funções – no caso de um e-commerce, vender.
Se você leu os últimos passos com atenção, provavelmente já imaginou uma série de medidas de segurança que pode tomar para prevenir sua loja online de ataques virtuais. Algumas dessas dicas podem ser usadas, inclusive, na sua vida pessoal. Entre elas, vale citar:
Outras atitudes, porém, valem apenas para quem tem um site na internet para vender seus produtos. É delas que falamos a seguir.
Normalmente, ataques cibernéticos se aproveitam de falhas na segurança – de maneira que buscar reduzir a chance dessas falhas acontecerem é vital para garantir sua proteção.
Para identificar as vulnerabilidades do seu site, você pode usar ferramentas especializadas, que analisam sua loja e encontram falhas de segurança antes que uma invasão aconteça.
Todos os dias, novos ataques cibernéticos surgem – e as empresas de tecnologia estão sempre buscando contra-atacar a essas iniciativas. Por conta disso, é importante manter sistemas e protocolos de segurança sempre atualizados.
As atualizações servem justamente para otimizar ferramentas e corrigir erros que poderiam ser usados pelos hackers para roubar seus dados, de maneira que é imprescindível mantê-las em dia.
O sistema de pagamentos de um site de e-commerce costuma reunir as informações mais sensíveis dos clientes, como dados pessoais, endereço e cartões de crédito. Assim, ele é um ponto bem visado pelos criminosos na hora de bolar ataques virtuais.
Ter um meio de pagamento seguro, que sempre está em dia contra as principais ameaças, é uma forma de proteger não só o seu dinheiro, mas também as informações dos seus clientes.
Uma forma de saber se o seu sistema de pagamento é bom é procurar por certificações de segurança – uma das mais conhecidas é a PCI, um selo internacional que garante dados criptografados na hora do pagamento de qualquer compra.
Outra medida importante pode ser utilizar um sistema de antifraude, munido de inteligência artificial. Capaz de analisar os comportamentos de compra das pessoas, o sistema antifraude pode bloquear atividades suspeitas na sua loja virtual, cruzando dados como geolocalização, histórico de compras e dados pessoais.
Muitos ataques cibernéticos começam com uma senha fraca. Atire a primeira pedra quem nunca usou uma senha como “123456” ou o nome da mãe – dados fáceis de serem descobertos por cibercriminosos, permitindo invasões rápidas e fáceis.
Para evitar que isso aconteça com os dados dos seus clientes, busque exigir sempre a criação de senhas fortes no cadastro do seu e-commerce. Uma forma de fazer isso é pedir que eles criem uma combinação com letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
É uma exigência que pode fazer o cadastro levar mais tempo, mas é muito importante para evitar o acesso de hackers e fraudadores em sua conta. Além disso, ao mostrar preocupação com o cliente, você também ganha pontos na sua marca.
Por fim, mas não menos importante, vale a pena você instalar no seu site um certificado SSL (Secure Sockets Layer). Ele garante que todos os dados enviados por quem usa seu site estão sendo enviados de maneira criptografada, garantindo a segurança das informações.
Além disso, o SSL é considerado um critério de ranqueamento pelo Google – se seu site é seguro, ele pode alcançar boas posições quando qualquer pessoa faz uma pesquisa no buscador, o que contribui para suas vendas.
A gente espera que com essas informações, você compreenda o impacto dos ataques cibernéticos e crie meios de proteger sua loja.